Galpões em Teresina estão lotados de eletrodomésticos, eletrônicos e produtos de confecções à espera da liberação por parte da Sefaz, que faz o cálculo do imposto a ser pago. O procedimento que costuma ser feito em 48h atrasou, justamente próximo de uma das datas comemorativas mais atrativas do comércio.

“Tenho conversado bastante com os diretores aqui e eles têm demonstrado boa vontade, mas não estão conseguindo resolver o problema, falta tecnologia. Nós estamos no dia das mães com mercadorias vindas de São Paulo estocadas desde segunda-feira. Para tentar agilizar, o diretor da divisão de trânsito fez a liberação, mas sem digitar no sistema”, contou o presidente do Sindicato das Transportadoras de Carga, Humberto Lopes.

A triagem das mercadorias das transportadoras conveniadas a Sefaz é feita no posto fiscal da Tabuleta, na Zona Sul de Teresina. Só depois disso os produtos são liberados para as lojas da capital.

A estrutura do posto, tanto no que diz respeito a pessoal como tecnologia, não estaria dando conta da demanda. Para Humberto Lopes, as mercadorias estocadas significa prejuízo, especialmente nesse momento difícil de crise.

O superintendente da Receita Estadual, Antônio Luís Soares Santos, reconheceu que houve um problema pontual esta semana, mas que na tarde dessa quinta-feira (11) o órgão liberou as mercadorias mesmo sem o processo de triagem e cálculo dos impostos terem sido concluídos. Ele explicou que a medida foi para diminuir os prejuízos dos lojistas de Teresina.

“Já foram liberadas as mercadorias sem a cobrança do imposto antecipado, para depois nós fazemos as contas e mandar para as transportadoras. Fizemos um ofício de liberação e estamos despachando mesmo sem fazer todos os procedimentos”, comentou.

A intenção da Sefaz é reduzir o tempo de triagem das mercadorias para até 24h nos próximos meses. Para isso, o órgão pretende fazer investimentos em tecnologia.