Já estamos chegando em maio, mês em que se celebra, logo no dia 1º, o Dia do Trabalhador. Também é o mês da data-base para reajuste dos salários dos trabalhadores do País. O preocupante é que a Gestão da Sefaz-PI, nesse meio tempo, vem dando péssimos sinais a respeito da política do Governo Rafael Fonteles em relação aos servidores estaduais:

Já no primeiro mês da nova gestão, os integrantes dos ALTO ESCALÃO DA SEFAZ, assim como também os cargos em comissão mais importantes na hierarquia da pasta, tiveram um AUMENTO DE SALÁRIO BEM GENEROSO, chegando em alguns casos a um acréscimo de 300% no valor da CET (Condição Especial de Trabalho).

“O SINATFISCO não é contra a valorização dos cargos da Gestão Fazendária, apenas cobramos igual valorização aos demais cargos da pasta, especialmente os Agentes de Tributos, haja vista terem igual importância para o exitoso funcionamento da Secretaria da Fazenda”, declara o Presidente do Sindicato, Augusto Müller.

O pior disso tudo é que, para a BASE TRABALHADORA dos fazendários, o secretário Emílio diz que o reajuste é ZERO POR CENTO!

Nem mesmo a recomposição salarial pelo percentual da inflação acumulada o gestor aceita discutir. E ainda diz que é orientação do Governador. Se for isso mesmo é, no mínimo, contraditório por parte dele, uma vez que já se sabe de ganhos remuneratórios obtidos agora em 2023 por algumas categorias estaduais, como os servidores da Secretaria de Segurança e os da Secretaria de Saúde. E também, para efeito de informação, o Governo Federal, que é aliado de primeira hora do Governo do Piauí, está negociando um aumento salarial para todos os servidores federais. E isso acontece exatamente pela consciência de que a economia do país melhora, ou se recupera mais rápido, se os servidores conseguirem manter o poder de consumo.

Flaviano de Santana, diretor do SINATFISCO, considera inaceitável o posicionamento do secretário Emílio. Como lembra o dirigente sindical, aconteceu uma primeira reunião, na qual foi apresentado ao Gestor um Projeto de reorganização da carreira de Agente de Tributos, que é um anseio antigo da categoria.

“Foi aprovado o projeto na assembleia geral da categoria e logo em seguida entregamos para ele, Emílio, que ficou de colocar sua equipe para analisar o documento. Já ficou acertado que deveríamos conversar novamente sobre as reivindicações. Quando é agora ele diz que não quer conversa, pois não irá tratar de questões remuneratórias neste ano. Foi uma demonstração enorme de falta de compromisso com os Agentes de Tributos, afinal o projeto é composto de reivindicações remuneratórias e também não remuneratórias”, esclarece Flaviano.

A Diretoria do SINATFISCO, reverberando o sentimento dos Agentes de Tributos da Fazenda Estadual, reage com indignação à postura do secretário Emílio Júnior. Esperava-se uma conversa franca, uma discussão saudável acerca do que foi posto no projeto da categoria. E isso não aconteceu.

“Não mediremos esforços no sentido de buscar as melhorias nas condições de trabalho e de remuneração para Agentes de Tributos. Todas as alternativas possíveis estão sendo analisadas. O secretário não pode se esquivar de conversar com a representação da categoria. Se ele continuar com esta postura de indiferença em relação aos nossos pleitos, uma das possibilidades é buscar inclusive o Governador”, conclui o presidente Augusto Müller.